Início ALEXANDRE AMARAL O Rio de Janeiro é massa!

O Rio de Janeiro é massa!

Compartilhar
Facebook
Twitter

Me perdoem o trocadilho infame do titulo. Mas não dá para escrever sem exaltar o Rio. Praias, sol, mar e um clima sempre de alto astral.

Sabemos que São Paulo é capital gastronômica do Brasil. Tem de tudo. E tem muita coisa boa. Mas o Rio não fica muito atrás.

Se eles têm o Salvatore Loi, o Rio tem Claude Troisgros, que ainda conta com o reforço do filho Thomas; só em São Paulo você encontra Helena Rizzo e Daniel Redondo, mas o Rio tem Rafa Costa e Silva do Lasai pra contra-atacar; São Paulo tem Ristorantino, Arturito, Casa do Porco, Tappo Trattoria, Tasca da Esquina… Rio de Janeiro tem Oro de Felipe Bronze, tem Roberta Sudbrack mais acessível do que nunca nos seus food trucks, Irajá de Pedro de Artagão, o internacional Eleven, Celeiro e o único e inigualável Galeto Sat’s.

O Rio de Janeiro tem quase tudo o que São Paulo tem em termos de gastronomia. Isso mesmo, quase tudo. Escrevendo esse coluna fiz uma constatação surpreendente: apesar de ter grandes restaurantes italianos, o Rio de Janeiro quase não tem aquelas cantinas italianas. Alegres, informais, quase caóticas, que fazem a alegria de quem gosta de uma comida típica e bem servida.

Não vamos nos ater a um estudo antropológico, até porque todos sabem que São Paulo possui a maior colônia italiana do Brasil. Mas é curioso não cruzar com elas pelo Rio. Apenas curioso, porque confesso que nunca senti falta delas por terras cariocas.

O Rio de Janeiro tem grandes restaurantes italianos, mais sofisticados sim, mas nem por isso menos acessíveis. O Massa que empresta o trocadilho infame do título foi o último que visitei. Tem uma sacadinha super agradável, fica no comecinho da Dias Ferreira e serve uma massa em forma de flor recheada com maçã e pera coberta por um suave molho de gorgonzola. Vale a visita e os parabéns ao Chef Pedro Siqueira. Só pra ficar na mesma rua e numa varanda parecida, porém no quarteirão mais badalado, tem o Quadrucci. A pedida lá o nhoque de funghi com azeite trufado. Dica 1: peça de entrada a salada de figos e rúcula temperada com mel de tomilho e acompanhada de parma e grana padano. Dica 2: não coma sozinho o nhoque, pois é bem servido e um pouco enjoativo.

A onda de grandes italianos ainda encontra força no clássico Cipriani do Copacabana Palace, no Alloro que fica no térreo do Windsor Atlântico e no Gero. Que é tão bom quanto seu irmão paulista.IMG_1747