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Joaquim Barbosa defende eleições diretas e admite possibilidade de candidatura em 2018

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Jornal do Brasil

O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa admitiu nesta quarta-feira (7) a possibilidade de se candidatar à presidência em 2018, mas destacou que “ainda hesita” nesta questão. A declaração foi feita após cerimônia de colocação de retrato na galeria de ex-presidentes da Corte. Barbosa ressaltou ainda que já conversou com Marina Silva, da Rede, e com o PSB, mas que não chegou a fazer compromisso com nenhum partido.

“Eu sou um cidadão brasileiro, um cidadão pleno, há três anos livre das amarras de cargos públicos, mas sou um observador atento da vida brasileira. Portanto, a decisão de me candidatar ou não está na minha esfera de deliberação. Só que eu sou muito hesitante em relação a isso. Não sei se decidirei positivamente neste sentido”, apontou.
“Caso ocorra a vacância da Presidência da República, a decisão correta é essa: convocar o povo””Caso ocorra a vacância da Presidência da República, a decisão correta é essa: convocar o povo”
O ex-ministro comentou que conversou com líderes de dois ou três partidos políticos. “Ano passado, tive conversas com Marina Silva. Mais recentemente, tive conversas, troca de impressões, com a direção do PSB”, apontou. “Mas nada de concreto em termos de oferta de legenda para candidatura, mesmo porque eu não sei se eu decidiria dar este passo. Eu hesito”, reforçou Joaquim Barbosa.

O tema da “presidenciabilidade” foi colocado na solenidade pelo ministro Luís Roberto Barroso, que foi o responsável pelo discurso em homenagem ao ex-colega de Supremo. Barroso pesquisas que apontam Joaquim Barbosa como possível candidato.

Eleições Diretas

Para Joaquim Barbosa, “a falta de liderança política” e de “pessoas realmente vinculadas ao interesse público” tem feito com que “o país vá se desintegrando”. Ele defendeu a realização de eleição direta em caso de vacância da presidência da República.

“Veja bem, a Constituição brasileira prevê eleição indireta. Mas eu não vejo tabu de modificar Constituição em situação emergencial como esta para se dar a palavra ao povo. Em democracia, isso é que é feito”, comentou. “Eu acho que o momento é muito grave. Caso ocorra a vacância da Presidência da República, a decisão correta é essa: convocar o povo.”

Barbosa frisou, inclusive, que a eleição direta deveria ter sido realizada logo após a saída de Dilma Rousseff do poder. “Deveria ter sido tomada essa decisão há mais de um ano atrás [sic], mas os interesses partidários e o jogo econômico é muito forte e não permite que essa decisão seja tomada. Ou seja, quem tomou o poder não quer largar. Os interesses maiores do país são deixados em segundo plano”, completou.