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Programação reúne mães e filhos dentro de unidade prisional

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Papai Noel, brincadeiras, contação de história, diversão e muita emoção marcaram o encontro de mãe e filhos na comemoração do Natal do Centro de Recuperação Feminino (CRF) de Ananindeua, nesta sexta-feira, 22. Em parceria com a Igreja Universal foram distribuídos aproximadamente 300 brinquedos, além de lanche e a exibição do filme Tainá.FOTO: AKIRA ONUMA / ASCOM SUSIPE DATA: 22.12.2017 BELÉM - PARÁ

Papai Noel, brincadeiras, contação de história, diversão e muita emoção marcaram o encontro de mãe e filhos na comemoração do Natal do Centro de Recuperação Feminino (CRF) de Ananindeua, ontem, 22. Em parceria com a Igreja Universal foram distribuídos aproximadamente 300 brinquedos, além de lanche e a exibição do filme Tainá.

Custodiada no CRF, Poliana Borges Barbosa não via o filho Davi há dois meses, mesmo período em que se encontra presa. Ver o filho, a irmã e o sobrinho que vieram de Altamira, distante a 450 quilômetros da capital foi uma emoção sem igual. “Esse é um momento muito especial. É muito bom me divertir com ele hoje. Eu ainda tenho muito tempo para ficar aqui dentro, e espero que aconteçam mais e mais visitas como essa”, disse.

Enquanto algumas crianças se divertiam nos brinquedos infláveis, pula-pula ou na tradicional dança da cadeira, outras aproveitavam cada minuto ao lado das mães. Fernanda da Silva, 11, vai passar o segundo Natal longe da mãe. Para ela, o dia foi de muita diversão, mas ao mesmo tempo de tristeza.

“Aqui eu já brinquei muito, já pulei e até dancei, mas o dia 25 vai ser muito ruim de novo. Minha mãe foi presa a primeira vez, voltou pra casa e depois foi presa de novo”, explicou a menina. “Mãe eu te amo, que Deus lhe dê um bom natal aqui dentro”, pediu a menina.

Ao longo do ano, a unidade prisional promove várias ações com o objetivo de reaproximar quem está custodiado da família. “Hoje é um dia muito especial, porque muitas crianças já não reconhecem e às vezes nem as chamam mais de mãe. É importante para que essas crianças entendam que as mães estão aqui temporariamente e que daqui a pouco elas vão estar nas suas casas e, principalmente, que mesmo elas estando aqui elas continuam sendo mães”, ressaltou Carmem Botelho, diretora do CRF.

“Quando a gente vê as crianças abraçadas com as mães, isso nos dá um prazer muito grande de procurar fazer cada vez mais. A Universal no Presídio faz esse trabalho feliz e gratificante. Se a gente mexer no ponto frágil da detenta que são os filhos, queira ou não nós vamos chegar até essas mães, ajudando na ressocialização e mostrar que elas irão sair daqui até com uma vida melhor do que eles esperavam ter. Basta elas quererem e acreditarem”, concluiu o Pastor da Igreja Universal e coordenador da ação, Valnísio Sousa.