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Praça Batista Campos recebe ação do “Setembro Amarelo”

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Com o tema “Valorizando a Vida”, psiquiatras e psicólogos do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Grão-Pará, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), realizaram neste domingo (24), uma ação (foto) na Praça Batista Campos, para falar sobre prevenção ao suicídio. A iniciativa é alusiva ao movimento “Setembro Amarelo”, mês mundial de prevenção do suicídio, que já é considerado um problema de saúde pública, pois pode ser prevenido em nove de cada 10 casos, segundo especialistas. FOTO: JOSÉ PANTOJA / ASCOM SESPA DATA: 24.09.2017 BELÉM - PARÁ

Com o tema “Valorizando a Vida”, psiquiatras e psicólogos do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Grão-Pará, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), realizaram no domingo (24), uma ação na Praça Batista Campos, para falar sobre prevenção ao suicídio. A iniciativa é alusiva ao movimento “Setembro Amarelo”, mês mundial de prevenção do suicídio, que já é considerado um problema de saúde pública, pois pode ser prevenido em nove de cada 10 casos, segundo especialistas.

O objetivo da ação é gerar a quebra de tabu, reflexões sobre saúde mental e valorização da vida. A programação envolveu ginástica laboral, dança, distribuição de material informativo, exposição de trabalhos artesanais produzidos pelos usuários do Caps em oficinas terapêuticas e outras atrações. O evento também contou com a parceria dos alunos da Escola Superior da Amazônia (Esamaz), que realizaram diversas atividades interativas com o público da praça.

Para a diretora do Caps Grão-Pará, Nathércia Barros, a ideia de se discutir suicídio vai ao encontro das estratégias terapêuticas aplicadas no Centro, que visam a reinserção da pessoa com transtorno mental à sociedade. Segundo ela, o mais importante é acolher o paciente sem julgamento, críticas ou preconceito. “A dor do paciente, neste momento, precisa ser respeitada”, disse.

“Nós recebemos muitas pessoas no Caps com sintoma depressivo e com a ideação suicida. Tendo em vista essa demanda, tivemos a ideia de realizar este movimento de incentivo a vida e quebra de tabus sobre a depressão. Cerca de 200 pessoas são atendidas por dia no Caps Grão-Pará, sendo a maioria mulheres”, informou Nathércia.

A campanha “Setembro Amarelo” vem sendo realizada de forma gradativa há pelo menos quatro anos, por meio de ações iniciadas pela Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (Iasp), e trazidas ao Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), referência no atendimento – inclusive remoto – a pessoas em crise, e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), para também ser disseminadas no Sistema Único de Saúde (SUS).

“O suicídio precisa de um grande movimento social. É um caso de saúde pública e chama nossa atenção para realização desta ação. Diversos motivos levam a pessoa a cometer o suicídio no mundo moderno, mas esse assunto deve ser tratado de maneira aberta e sem preconceitos”, disse Marcelo Moreira, professor e coordenador do curso de psicologia da Esamaz.

“Precisamos falar mais sobre essa questão e sobre a potencialização da vida. Em alusão ao Setembro Amarelo, debates também estão sendo realizados pelo país como forma de contribuir para a diminuição da incidência de suicídios nos Estados, e combater possíveis causas, como bullying, transtornos mentais e problemas familiares e sociais”, explicou uma das psicólogas do Caps Grão-Pará, Marilda Couto.

O Brasil está entre os 28 países, de um universo de mais de 160 analisados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que possui estratégia de prevenção ao suicídio, por conta da atuação dos Caps. A OMS ainda estima que ocorram, no Brasil, 12 mil suicídios por ano. No Pará, 266 pessoas morreram em 2015 em função do que o protocolo do Ministério da Saúde define como “Lesões Autoprovocadas Voluntariamente”.

Referência – Situado na rua dos Tamoios, no bairro do Jurunas, em Belém, o Caps Grão-Pará é um serviço de saúde comunitário mantido pelo SUS, com referência em tratamento para pessoas que sofrem de transtornos mentais e outros quadros clínicos. O objetivo é oferecer atendimento à população da área de abrangência, com acompanhamento clínico e reinserção social.

O atendimento inclui visitas domiciliares, acolhimento ao usuário e familiares, atividades socioeducativas e sociorrecreativas, como passeios, exercícios físicos, palestras e oficinas terapêuticas. Ao longo do ano, o centro promove várias confraternizações entre seus pacientes, nas principais datas comemorativas.

Serviço: O Caps Grão-Pará fica na rua dos Tamoios, 1342, entre a rua dos Tupinambás e avenida Roberto Camelier, bairro do Jurunas, em Belém. Telefone: (91) 3269-6732.