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Polícia Civil alerta sobre empréstimos consignados fraudulentos

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“Não há versões do governo ou da Secretaria de Segurança Pública. O que teremos virá como resultado de todos os inquéritos apurados, das investigações que estão sendo feitas e dos laudos periciais que serão concluídos. Só depois disso saberemos o que ocorreu de fato”, declarou o secretário de Segurança Pública do Pará, Jeannot Jansen, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (29), na sede da Secretaria de Segurança Pública, sobre as mortes ocorridas no município de Pau D’Arco, dia 24 deste mês. Durante a coletiva, as autoridades policiais defenderam que ainda não é possível chegar a nenhuma conclusão. Foram abertos um inquérito policial militar e outro conduzido pelo Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (DIOE), e ainda determinado o afastamento de todos os policiais envolvidos na operação. As 11 armas encontradas no local das mortes, entre elas um fuzil e uma pistola, foram apreendidas e serão periciadas. Na foto, o delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino.FOTO: CRISTINO MARTINS / AG. PARÁ DATA: 29.05.2017 BELÉM - PARÁ

A Polícia Civil do Pará fez, ontem (20), um alerta aos servidores públicos estaduais, pensionistas e aposentados. É preciso ficar atento a possibilidade de serem abordados por supostos corretores de negócios que oferecem facilidades na quitação e renovação de empréstimos consignados.

Trata-se de um golpe que já vem inclusive sendo alvo de inquérito e investigação pela Polícia Civil, que está identificando os envolvidos, para definir a responsabilização pelos crimes. Somente neste ano, 235 ocorrências de empréstimos consignados indevidos foram identificadas pela Polícia Civil junto às instituições bancárias, apenas na região metropolitana de Belém.

Para apurar os fatos, foi designada uma equipe de investigação pela Delegacia-Geral da Polícia Civil que já está apurando informações há quase seis meses. Segundo o delegado Alexandre Oliveira, do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), da Polícia Civil, esses supostos corretores são, na verdade, aliciadores que atuam em um grupo criminoso. “O esquema consiste em forjar a quitação de empréstimo consignado na instituição bancária em que o crédito foi concedido ao servidor. Com isso, o mesmo servidor fica habilitado a contrair novo empréstimo”, explica.

O policial civil detalha que muitas pessoas são induzidas à fraude porque já alcançaram o limite de 30% de seu salário com os parcelamentos dos empréstimos consignados no contracheque e, como forma de conseguirem mais empréstimos financeiros, acabam firmando contratos com falsos corretores.

O delegado-geral Rilmar Firmino faz um alerta quanto às facilidades ofertadas por esses criminosos e os cuidados que os servidores públicos, pensionistas e aposentados precisam ter para não caírem no golpe e até ficarem sujeitos a responder criminalmente. “Qualquer abordagem (com panfletos) na rua, no local de trabalho do servidor ou por meio de aplicativos de mensagens no celular ou redes sociais já merece desconfiança. Especialmente quando o aliciador cobra comissões. Há casos em que os valores das comissões chegam até a 50%”, adverte o delegado-geral.

Ele enfatiza que o correto é que qualquer empréstimo consignado deva ser firmado na própria instituição financeira ou empresas credenciadas. O delegado-geral ressalta que as investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos no esquema criminoso.

Caso alguém tenha caído nesse golpe, deve procurar uma Delegacia de Polícia mais próxima e registrar o boletim de ocorrência. Segundo ele, outros detalhes sobre o caso estão mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações em andamento. Quem tiver informações que possam ajudar a Polícia nas investigações deve telefonar para o fone 181. O sigilo das informações é absolutamente garantido.