Foto: Reprodução/TripAdvisor
Fico me perguntando, que cegueira geral é essa ?
Não vejo darem uma palavra sobre o Antônio Lemos, que está totalmente deteriorado, o prédio que abriga a própria prefeitura e um museu.
Uma palavra sobre o Palacete Pinho, que foi reformado duas vezes e a prefeitura deixou cair, sem colocar atividade alguma no lugar.
Uma palavra sobre o prédio incendiado da Funbel, que virou uma ruína hostil e triste na paisagem do polígono tombado da Praça Frei Caetano Brandão, onde estão três museus e uma catedral.
Uma palavra sobre o ordenamento no trânsito do centro histórico, que sofre agressões diárias em sua frágil estrutura centenária com o trânsito de veículos pesados.
Uma palavra sobre o abandono do maior cartão postal de Belém, o Ver o peso. Nadica de nada se fala do histórico mercado de São Braz, a imagem mais marcante da falta de amor com essa cidade.
Vemos críticas e lamentos seletivos e míopes, que não zelam pela memória da cidade e, sim, por uma atençãozinha na crônica diária desta cidade devastada pelo abandono.
De um prefeito que foi eleito tendo a fala de que “ porque com a parceria com Jatene tudo seria mais fácil”.
Fácil pra quem mano ? Pra eles ?
Pra cidade não foi nunca .
Zenaldo chega ao fim de forma decepcionante. Nisso podemos ver algo bom: logo Belém se livra dele!
Mas a decepação com Zenaldo, não é o pior.
O pior é Belém, que não chegou ao fim, que terá de seguir, mas terá de se reerguer depois daqueles que “em parceria” tornaram essa uma cidade abandonada, largada, suja, com seu patrimônio histórico a Deus dará.
É só dar um rolê por Belém pra conferir.
Facinho facinho.
Mas antes alguns tem de colocar os óculos. Porque mesmo estando na nossa cara, são capazes de não ver.
Ou não querem ver?
Marcelo Marques
