Início BACANA NEWS Adnan pede que os parlamentarem se unam pela renovação da concessão da...

Adnan pede que os parlamentarem se unam pela renovação da concessão da Estrada de Ferro de Carajás

Compartilhar
Facebook
Twitter

Adnan Demachki  – Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Pará,  se pronunciou na Alepa na tarde da última terça  e explicou  porque é importante defender que o pagamento da Vale ao Governo Federal, pela renovação da concessão da Estrada de Ferro de Carajás, seja aplicado no projeto da Ferrovia Paraense. E pontuou sua preocupação quanto ao Pará mais uma vez ser lesado e ariscar o seu desenvolvimento.

Adnan pediu que os deputados estaduais se mobilizem para que o Estado seja beneficiado pela Lei 13.448, de setembro deste ano, que possibilita às concessionárias de ferrovias, a exemplo da Vale, que tem a gestão e a operação da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), pagar adiantado pela outorga de renovação das malhas ferroviárias. Esse dinheiro ficará sob a gestão do governo federal para investimentos em projeto de logística e o Estado precisa se mobilizar para que o investimento seja feito em um projeto de logística que assegure o desenvolvimento do Pará.

 

Ele informou que já há estudos na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e na Secretaria Especial de Projetos Prioritários de Investimentos, ligada à Presidência da República, para se aplicar esses recursos em malhas de São Paulo ou na Transnordestina, planejada para ligar os portos de Pernambuco, Ceará e Piauí. Esse projeto já consumiu, inclusive, 5 bilhões de reais de recursos públicos federais e não foi concluído. O projeto está  parado com as locomotivas e os vagões enferrujando.

 

O Pará está mais próximo dos mercados da Europa, América do Norte, Ásia e Oriente Médio, que qualquer outro estado do País e a Ferrovia Paraense se apresenta como solução logística a essa localização geográfica estratégica.

 

O secretário informou também que os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), do projeto da Ferrovia Paraense, foram concluídos e aprovados. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) se prepara para promover as audiências públicas ambientais em breve. E o futuro empreendimento já tem nove acordos celebrados para uso do de transporte de cargas destinadas ao Brasil e ao exterior. A garantia de carga é um dos pilares de um projeto ferroviário, contudo, o empreendimento fará também o transporte de passageiros de Norte a Sul do Pará.

 

Ferrovia Paraense

A Ferrovia Paraense tem previstos 1.312 km de extensão, passando por 23 municípios, e conectará todo o leste do Pará, de Santana do Araguaia até Barcarena, atendendo a uma das maiores províncias minerais do mundo e a grande fronteira do agronegócio, que não dispõem de logística adequada.

O projeto tem relevância nacional, na medida em que a Ferrovia Paraense se interliga à Ferrovia Norte-Sul, permitindo o acesso de produtores de minério e do agronegócio em todo o País à rota estratégica de exportação, pelo Porto de Vila do Conde, que encurta a distância entre o Brasil e os principais mercados globais da Europa, Estados Unidos e Ásia.