Início BACANA NEWS Zenaldo suspende anestesistas do Hospital de Mosqueiro e população padece

Zenaldo suspende anestesistas do Hospital de Mosqueiro e população padece

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Quando parece ser impossível piorar a situação de caos que vive a saúde pública no Pará, eis que o poder público nos surpreende. O Hospital de Mosqueiro, na região metropolitana de Belém, está sem serviço de anestesiologia por tempo indeterminado desde quarta-feira (23), e por ordem da própria prefeitura de Belém.

Sem o serviço, todos os setores do hospital estão afetados, desde os casos de baixa complexidade até os mais graves, pois na maioria das vezes é impossível realizar qualquer tipo de procedimento cirúrgico sem o acompanhamento deste tipo de profissional. A prefeitura confirmou a suspensão do serviço, e informou que os procedimentos de pequeno porte, ou seja, os que não necessitam do serviço de anestesista, estão sendo realizados normalmente pelo hospital. Não foi estabelecido qualquer tipo de prazo que que os profissionais anestesistas voltem ao trabalho.

De acordo com a Coopanest (Cooperativa de Anestesistas do Pará), a prefeitura suspendeu o serviço de forma desrespeitosa, organizando tudo de forma sigilosa até ontem. De acordo com a cooperativa, o poder público interrompeu o serviço primeiramente alegando obras no local, entretanto, a construção foi finalizada e o setor de anestesiologia continua sem funcionar.

“Eu não sei o motivo da suspensão, ela foi unilateral por parte da prefeitura. Ninguém que precise de um anestesista está sendo atendido e nem reencaminhado para outro lugar em Mosqueiro”, informa o Dr. Rodrigo Oliveira, presidente da Coopanest, que ainda denuncia outras irregularidades da gestão municipal.

“Quando a prefeitura fez o acordo com nossa categoria, se comprometeu a pagar um complemento, que se refere a 80% de cada atendimento feito pelo SUS. Este pagamento é realizado devido a falta de suporte do Governo Federal, é como se a prefeitura se responsabilizasse por isso. Mas está atrasado há um ano e dois meses”, lamenta o presidente da cooperativa.

Questionada pela reportagem, a Sesma (Secretaria Municipal de Saúde) confirmou a suspensão do serviço, mas deu um motivo diferente do apresentado aos profissionais. Através de nota, o órgão da prefeitura informou que está aguardando a “finalização da aquisição dos instrumentais para cirurgia”, para chamar os profissionais de volta. Porém, nenhum prazo para que os instrumentos cheguem foi dado.
DOL