Vale Tudo 2025: remake moderniza clássico da teledramaturgia brasileira com nova visão social

Um clássico renovado para os novos tempos
Vale Tudo estreou na TV Globo em 31 de março de 2025, substituindo Mania de Você como a 24ª “novela das nove” da emissora. A produção é uma nova versão da telenovela homônima, originalmente criada por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, exibida entre 1988 e 1989.
A trama central acompanha Raquel Accioli (Taís Araújo), uma mulher batalhadora e honesta que vive com sua filha Maria de Fátima (Bella Campos) e seu pai Salvador (Antonio Pitanga) em Foz do Iguaçu. A história se desenvolve quando, após a morte de Salvador, Maria de Fátima vende a casa da família sem o consentimento da mãe e parte para o Rio de Janeiro em busca de riqueza e status.
Modernização e representatividade
O remake traz importantes atualizações para refletir os tempos atuais, incluindo uma abordagem mais profunda sobre temas como alcoolismo, machismo e racismo. Uma das mudanças mais significativas é que as personagens centrais, Raquel e Maria de Fátima, são interpretadas por atrizes negras, o que adiciona novas camadas de tensão racial à narrativa.
A vilã Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch, mantém-se como a grande antagonista, representando a elite arrogante e preconceituosa. A nova versão também aborda questões contemporâneas como relações homoafetivas, através da história de Cecília (Maeve Jinkings) e Laís (Lorena Lima), que enfrentam uma disputa judicial pela filha contra Marco Aurélio (Alexandre Nero).
Produção e direção
A adaptação foi desenvolvida por Manuela Dias, contando com a colaboração de Sérgio Marques, Márcio Haiduck, Aline Maia, Pedro Barros, Cláudia Gomes e Luciana Pessanha. A direção está a cargo de Isabella Teixeira, Augusto Lana, Fábio Rodrigo, Matheus Senra e Thomaz Cividanes, sob direção geral de Cristiano Marques e direção artística de Paulo Silvestrini.
Repercussão e audiência
A novela mantém sua essência provocativa, questionando o público com dilemas éticos profundos como “Vale a pena ser honesto num país onde os desonestos se dão bem?” O diretor Paulo Silvestrini enfatizou a importância de modernizar o enredo para dialogar com a sociedade contemporânea, adaptando o ritmo da história e a duração dos episódios para agradar ao público atual.









