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Twitter pode banir conta de Trump

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O ano estreou com uma nova rodada de troca de ameaças entre os nucleares líderes Kim Jong-un, da Coreia do Norte, e o americano Donald Trump. O primeiro mandou do Oriente uma mensagem de ano novo que incluía o seguinte recado: “Não é uma mera ameaça, mas uma realidade. Eu tenho um botão nuclear na escrivaninha do meu escritório. Os EUA estão ao alcance do nosso ataque nuclear.” Ao que, no dia seguinte, pela sua conta oficial no Twitter, o presidente americano respondeu: “Alguém que pertença a esse regime decrépito e causador de fome por favor avise a ele [Kim Jong-un] que eu também tenho um botão nuclear, mas é muito maior e mais poderoso que o dele, e o meu funciona!” A mensagem de Trump repercutiu nos Estados Unidos. A atitude do presidente foi chamada de infantil por uns e entendida como uma demonstração de fraqueza irresponsável por outros. Para críticos que há tempos exigem alguma atitude por parte do Twitter, foi a gota d’água.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/01/04/Quais-regras-do-Twitter-justificariam-a-exclus%C3%A3o-da-conta-de-Donald-Trump

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Manifestantes reagiram projetando uma mensagem no prédio do Twitter, em San Francisco, nos EUA, com os dizeres: “@jack is #complicit” (Jack é cúmplice). Jack é Jack Dorsey, cofundador e atual diretor-executivo do Twitter. Pelo Facebook, o grupo responsável pela ação disse que Dorsey “quebra as regras da sua própria empresa” para “dar mais voz a um louco e tornar o mundo mais perigoso”. “Jack Dorsey deve renunciar ou banir @realDonaldTrump”, diz o comunicado. Banir ou não banir O debate acerca da obrigação do Twitter de banir ou não Donald Trump remete ainda ao ano das eleições americanas de 2016, da qual ele saiu vitorioso. Na época, o recém-eleito presidente disparava críticas à imprensa, sindicalistas e apresentadores de TV, as quais eram seguidas de uma enxurrada de mensagens de ódio e ameaças feitas por apoiadores de Trump aos desafetos do político. Bastava um tuíte. Em setembro de 2017, Donald Trump usou novamente o Twitter para ameaçar a Coreia do Norte e causou polêmica. “Acabei de ouvir [o discurso] do Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte na ONU. Se ele ecoar as ideias do ‘Homenzinho Foguete’ [apelido pelo qual ele se refere a Jong-un], eles não durarão muito tempo por aí!” A mensagem fez voltar as demandas pela suspensão de Trump na rede. Conta apagada A rede social nem suspendeu a conta, nem excluiu o tuíte. Pressionado, no dia 25 de setembro de 2017, o Twitter se posicionou, dizendo: “Lidamos com todas as contas sob as mesmas regras e consideramos um número de fatores ao avaliar quando um tuíte viola nossos termos. Entre eles está seu ‘newsworthiness’ [valor noticioso] e se um tuíte possui interesse público.” A rede disse ainda que esses últimos fatores faziam parte da “política interna” da empresa havia muito tempo, e ainda seriam incorporados ao seu manual público de regras. “Precisamos melhorar nisso, e assim o faremos”, disse o Twitter oficialmente. Até que, dois meses depois, para a alegria dos críticos de Trump e desespero do Twitter, a conta do presidente americano foi deletada, em 2 de novembro. E assim permaneceu por pelo menos 11 minutos, até ser restaurada. A medida não foi planejada pela direção, mas foi um ato de rebeldia isolado de um funcionário que já estava deixando a empresa. Trump se limitou a chamá-lo de “patife”. O que dizem as regras do Twitter O Twitter é um serviço privado que, assim como qualquer outra rede social, conta com regras de conduta próprias. Há sobre ele pelo menos três grandes “manuais”: os Termos de Serviço, a Política de Privacidade e as chamadas Regras do Twitter. Nesse último, há trechos que são frequentemente usados por críticos de Trump para embasar um eventual banimento do presidente. Violência: As regras proíbem qualquer usuário de “fazer ameaças específicas de violência, ou desejar a um indivíduo ou grupo de pessoas danos físicos graves, morte ou doenças. Isso inclui, mas não está limitado a, ameaçar ou promover terrorismo”. O mesmo vale para conteúdos relacionados a organizações violentas – em 2016, o Twitter chegou a banir grupos de extrema-direita. No fim de novembro, o presidente foi criticado por compartilhar vídeos islamofóbicos publicados no Twitter por grupos extremistas britânicos. Em suas regras, o Twitter diz que essa última, sobre grupos violentos, passaria a vigorar a partir do dia 18 de dezembro de 2017. Abuso: as regras consideram comportamento abusivo e proíbem “tentativas de assediar, intimidar ou silenciar a voz de outra pessoa”. “Para garantir que as pessoas se sintam seguras ao expressar suas opiniões e crenças, proibimos comportamentos que são considerados como abuso, incluindo assédio, intimidação ou uso do medo para silenciar a voz do outro usuário”, diz o Twitter. Propagação de ódio: a rede social especifica que “não é permitido promover violência, ameaçar ou assediar outras pessoas com base em raça, etnia, nacionalidade, orientação sexual, sexo, identidade de gênero, religião, idade, deficiência ou doença grave”. Contexto: sobre a questão do comportamento abusivo e na “determinação das ações corretivas apropriadas”, o Twitter diz julgar ser importante avaliar o “contexto” do conteúdo, e lista fatores que considera nessa análise: “se o comportamento é direcionado a um indivíduo ou grupo de pessoas”, “se a denúncia foi registrada pela vítima do assédio ou por um espectador”, e “se o comportamento é digno de ser noticiado e de interesse público”.

Manifestantes reagiram projetando uma mensagem no prédio do Twitter, em San Francisco, nos EUA, com os dizeres: “@jack is #complicit” (Jack é cúmplice). Jack é Jack Dorsey, cofundador e atual diretor-executivo do Twitter. Pelo Facebook, o grupo responsável pela ação disse que Dorsey “quebra as regras da sua própria empresa” para “dar mais voz a um louco e tornar o mundo mais perigoso”. “Jack Dorsey deve renunciar ou banir @realDonaldTrump”, diz o comunicado.

A matéria toda pode ser lida no link abaixo.
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