Técnica de Enfermagem e Adrenalina: A Importância dos Protocolos Corretos

Caso Recente Reacende Debate sobre Protocolos de Segurança
Um caso trágico ocorrido em Manaus tem gerado ampla discussão sobre a responsabilidade e os protocolos corretos na administração de medicamentos por técnicos de enfermagem. A técnica de enfermagem Raíza Bentes foi orientada a não aplicar adrenalina na veia do menino Benício Xavier, de seis anos, que morreu logo após a medicação em um hospital.
A adrenalina é um medicamento de emergência amplamente utilizado, mas que exige conhecimento técnico preciso sobre vias de administração e dosagens. Este caso evidencia a necessidade crítica de treinamento contínuo e protocolos de segurança rigorosos na área da enfermagem.
Vias Corretas de Administração da Adrenalina
O tratamento deve ser feito rapidamente, sendo a adrenalina o primeiro medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral da coxa, em casos de anafilaxia. Em depoimento à polícia, uma técnica contou que disse que os 3 ml de adrenalina só poderiam ser injetados na veia em casos de parada cardiorrespiratória.
Após a segunda desfibrilação, já preconiza-se iniciar a administração IV/IO de adrenalina, 1mg em bolus em situações de parada cardíaca. A via intravenosa deve ser reservada exclusivamente para emergências extremas e sob supervisão médica adequada.
A Importância da Capacitação Profissional
Novos depoimentos revelam que a técnica foi orientada que a quantidade prescrita deveria ser administrada por nebulização, mas optou por seguir estritamente a prescrição médica escrita. A profissional destacou ter apenas sete meses de experiência como técnica de enfermagem, o que reforça a necessidade de suporte e supervisão adequados para profissionais em início de carreira.
Medicamentos como adrenalina devem ser infundidos preferencialmente em acesso venoso central, e caso o medicamento seja iniciado em cateter venoso periférico, um acesso venoso central deverá ser providenciado em caráter de urgência.
Protocolos de Segurança São Essenciais
Este caso destaca a importância de múltiplas camadas de segurança no ambiente hospitalar. Os técnicos de enfermagem devem ter autonomia para questionar prescrições duvidosas e buscar esclarecimentos com médicos responsáveis. O hospital oferece treinamentos de protocolos de segurança, mas a implementação efetiva dessas diretrizes no dia a dia é fundamental.
O caso levanta questões sobre a responsabilidade na administração de medicamentos e a segurança dos protocolos hospitalares. A tragédia serve como alerta para toda a comunidade de saúde sobre a necessidade de comunicação clara, trabalho em equipe e seguimento rigoroso de protocolos estabelecidos.
Conclusão
A administração de adrenalina por técnicos de enfermagem exige conhecimento profundo sobre indicações, dosagens e vias corretas de aplicação. Este medicamento, essencial em emergências, pode salvar vidas quando usado adequadamente, mas também pode causar danos graves se administrado incorretamente. A capacitação contínua, supervisão adequada e protocolos de segurança bem definidos são essenciais para garantir a segurança dos pacientes e a qualidade do atendimento em saúde.









