Sobrevoo de caças venezuelanos sobre navio americano intensifica crise militar no Caribe

Incidente militar eleva tensões entre EUA e Venezuela
Dois caças F-16 venezuelanos realizaram um sobrevoo sobre o destróier USS Jason Dunham da Marinha dos Estados Unidos no sul do Caribe na última quinta-feira (4), em uma ação que foi confirmada por fontes americanas à Reuters. O incidente ocorreu durante uma operação naval americana contra o narcotráfico na região.
O Pentágono classificou o ato como uma “manobra provocatória” que interfere nos esforços de combate ao terrorismo ligado ao tráfico de drogas. Um porta-voz do departamento descreveu a ação como uma “demonstração de força desnecessária e perigosa”.
Escalada da Tensão Regional
Em resposta ao incidente, o governo americano ordenou o envio de 10 jatos F-35 para a base aérea de Porto Rico. Estes caças, considerados os mais modernos do arsenal americano, irão se juntar à presença militar já existente no sul do Caribe, que inclui sete navios de guerra, um submarino nuclear de ataque rápido e aviões de vigilância.
O presidente Donald Trump declarou que caças venezuelanos poderiam ser abatidos caso representassem um perigo para navios de guerra dos Estados Unidos. Esta declaração surgiu como resposta direta ao sobrevoo dos jatos venezuelanos sobre o destróier americano, que opera na região visando o combate ao tráfico de drogas.
Contexto e Implicações
Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 da ONU, apenas 7% da cocaína consumida nos EUA passa pela Venezuela, enquanto rotas no Caribe Ocidental e Pacífico Oriental são mais significativas. Isso tem levado analistas a sugerirem que a operação americana possui objetivos políticos mais amplos, incluindo pressão por mudança de regime em Caracas.
Como resposta à presença militar americana, Maduro iniciou uma mobilização massiva. O governo venezuelano deslocou 15 mil soldados para a fronteira com a Colômbia, demonstrando preocupação com possível apoio colombiano a uma eventual ação dos EUA.


