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Santarém registra maior número de casos de doenças sexualmente transmissíveis em homens

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Foto: Reprodução

Por Agência Rádio Mais 

De acordo com a Secretaria de Saúde do município, até o final de 2019 foram 235 casos de HIV na região Oeste do Pará, área onde fica localizada Santarém, sendo 163 registros do sexo masculino e 72 em mulheres.

Em Santarém, a maioria dos casos registrados de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é em homens. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, até o final de 2019 foram 235 casos de HIV na região Oeste do Pará, área onde fica localizada Santarém, sendo 163 registros do sexo masculino e 72 em mulheres.  O mesmo pode ser observado nos casos de Sífilis. Foram notificados 272 casos, sendo 165 em pessoas do sexo masculino e 107 em mulheres. 

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e são transmitidas, principalmente, por meio de contato sexual sem o uso de preservativo. A transmissão também pode acontecer da mãe para o filho durante a gestação, parto ou amamentação. O uso de preservativo é o método mais eficaz para evitar a transmissão das ISTs. 

Independentemente da idade, estado civil, classe social, identidade de gênero ou orientação sexual, a população deve se atentar, pois uma pessoa pode estar aparentemente saudável, mas estar com alguma IST. A coordenadora de IST/Aids da Secretaria de Saúde do Pará, Andrea Miranda, destaca a importância da prevenção, principalmente entre os jovens.
 
“É importante que a gente mostre a necessidade da prevenção nesse momento em que o índice tem aumentado no público jovem. Ele pode estar passando essas doenças para outras pessoas. É importante a gente se prevenir para evitar consequências mais graves na frente. Se eu me gosto, se eu me previno, eu evito infecções sexualmente transmissíveis.”
 
Algumas ISTs não são de notificação compulsória, ou seja, não são registradas em bancos de dados. Com isso, é provável que o número de pessoas com alguma IST em Santarém seja maior. O Papillomavirus humano, mais conhecido como HPV, é um exemplo de IST que não é considerado um agravo de notificação estadual. A infecção atinge mais da metade da população jovem brasileira entre 16 e 25 anos e é a IST mais comum no mundo, atingindo 11,7% da população global. Isso porque, para que a contaminação aconteça, basta o contato direto com a pele ou mucosa infectada. 

Diego Fontenele tem 26 anos e é motorista. Morador do bairro Aeroporto Velho, ele descobriu que estava com HPV há aproximadamente seis meses. Após notar algumas verrugas e sangue no pênis, ele passou por exames, que confirmaram a infecção. Assim que o diagnóstico foi confirmado, Diego começou o tratamento.
 
“Eu comecei a desconfiar que tinha alguma coisa errada. Aí eu fui procurar algum tratamento. Fiz o exame de sangue e falaram da doença para mim. O médico falou que tinha conhecimento sobre esse tipo de doença. Ele olhou, disse qual era o tratamento e fiz.”


O tratamento é oferecido de forma gratuita por todas as unidades do Sistema Único de Saúde, o SUS. Além disso, todas as Unidades de Saúde têm testes para a detecção de ISTs. Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja dessas ISTs e de outras, como HIV e hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.