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Rede lança pré-candidatura de Marina: “O compromisso me convoca para esse momento”

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Jornal do Brasil

A Rede lançou, neste sábado (2), o nome de Marina Silva como pré-candidata à Presidência da República em 2018. Após a reunião dos grupos regionais do partido, que aconteceu em Brasília já com a presença de Marina, foi lida uma carta repleta de críticas ao atual governo e à ação política do “conluio”.

O documento também condena as reformas de Michel Temer (PMDB), que batalha para aprovar a da Previdência ainda este ano.

“Não aceitamos mais como regra da ação política o conluio que coloca o patrimônio de toda a sociedade a serviço de interesses individuais ou de grupos. Sem falar daqueles que assaltaram – e dos que continuam assaltando – os cofres públicos para enriquecimento próprio ou para irrigar seus projetos de poder, e que, com impressionante cinismo, falam hoje em ‘reformas imprescindíveis’ para ‘salvar o país'”, diz a carta.

Em discurso como pré-candidata, Marina afirmou que “esse não é o momento para salvadores da pátria. A pátria é uma construção de todos nós”. E continuou: “Minha motivação não é o poder pelo poder. A política é um serviço”.

A oficialização da pré-candidatura deverá ser aprovada em congresso nacional do partido, em abril de 2018. Já a definição da chapa, com possíveis partidos aliados, deverá ser feita até agosto do próximo ano, prazo para o registro da para o registro da candidatura na Justiça Eleitoral.

O texto diz que a Rede fará coligações com partidos que tenham “protagonismo ético, compromissos sociais e ambientais”. Entretanto, o tamanho do partido não indica facilidade para obter apoio no Congresso em um futuro governo. No pleito passado, quando concorreu primeiro como vice de Eduardo Campos e depois como líder da chapa, após a trágica morte do candidato, a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora conquistou mais de 20 milhões de votos.

Na última campanha presidencial, em 2014, Marina ficou em terceiro lugar (21,3% de votos válidos) na disputa e, no segundo turno, apoiou o tucano Aécio Neves (PSDB) contra a presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Esta poderá ser a terceira vez que Marina disputa a Presidência. Em 2010, ela também terminou em terceiro lugar, com 19,33% dos votos.

“Toda essa situação que o Brasil está vivendo exige de nós compromisso e exige de nós senso de responsabilidade. O compromisso e o senso de responsabilidade, sem querer ser a dona da verdade, me convoca para esse momento”, afirmou Marina que teve seu nome aprovado por unanimidade nas convenções estaduais da Rede.

A pré-candidata citou também o combate à corrupção e à crise econômica. “As pessoas querem majoritariamente o combate à corrupção, passar o Brasil a limpo”, disse. “Quando alguém é privado do trabalho, ele está sendo privado de ser sujeito da sua própria história”, afirmou. A questão ambiental e social também são apontadas como prioritárias.

Ela também defendeu uma “Operação Lava Voto” para renovar o cenário político e disse que existe uma tentativa de abafar as investigações da Lava Jato.

“Quem tem de pagar com a Justiça paga, que pague, ninguém está acima da lei. Ninguém é rico demais, poderoso demais para estar acima. A lei é ato de reparação, não de vingança. Isso é civilização. Não pode ser dois pesos e duas medidas. Não podemos concordar com a lógica do rouba, mas faz.”, discursou.

O partido diz que, em 2014, Marina sofreu com tentativas de “desconstrução de sua liderança”, mas que hoje representa uma alternativa para “unir a sociedade e superar o ódio, as mentiras, a polarização e a descrença”.

O evento teve a participação da direção nacional da Rede e de lideranças do partido como a ex-senadora Heloísa Helena, o deputado federal Miro Teixeira (RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (A