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Peru e Chile colocam Papa Francisco contra a parede

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Ao assumir seu posto em 2013, Papa Francisco anunciou tolerância zero aos casos de pedofilia e abuso sexual na igreja católica, pedindo inclusive, para que os casos se tornassem públicos, acabando com a “cultura” da igreja, de tentar manter os casos em sigilo, visando preservar “a honra da igreja”.

Ás vésperas de chegar ao Chile, Francisco vai encontrar por lá, mais um escândalo envolvendo religiosos. São quase 80 acusados de abusar de menores, desde 2000, entre eles, sacerdotes, diáconos e até uma freira.

Ativistas do Chile e também do Peru (para onde o Papa irá em seguida), publicaram na última sexta-feira (12), uma carta aberta, assinada por vítimas, advogados e laicos, afim de lembrar Francisco de sua dívida com as vítimas e alerta-lo de que líderes religiosos nos dois países, estão rompendo com sua promessa de tolerância zero, encobrindo os casos e se omitindo quanto à atitudes e soluções.

Em nenhum dos dois países, Francisco prevê receber as vítimas de abusos, uma conduta que marcou suas visitas ao México, quando se recusou a se reunir com as vítimas do líder da congregação Os Legionários de Cristo, o sacerdote mexicano Macial Marciel.

A codiretora da ONG Bishop Accountability, Ann Barrett-Doyle, disse:

“O papa Francisco diz que chora pelas vítimas, o que queremos é que transforme essas lágrimas em ações.”

Para o diretor da Fundação Para a Confiança, que luta contra abuso infantil no Chile, Andrés Murillo, o pontífice faz um discurso que não condiz com seus atos, visto que prometeu ser intolerante com os casos de abuso, mas não muda protocolos, deixando de lado ações concretas.