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Partido Novo suspende filiação do ministro Ricardo Salles

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

Por Mariana Zylberkan, VEJA.com

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi suspenso do Partido Novo, ao qual é filiado, após decisão da Comissão Nacional de Ética Partidária. De acordo com nota enviada pela agremiação, a medida tem caráter liminar e será mantida até o final do julgamento aberto após denúncia recebida pela comissão – a sigla não especifica qual é a acusação.

Salles tem colecionado posicionamentos polêmicos no Ministério do Meio Ambiente, pasta que tem vivido uma série de crises neste primeiro ano de governo Jair Bolsonaro, como as queimadas na Amazônia e o vazamento de óleo no litoral do Nordeste. Entre as declarações mais ruidosas, está a insinuação de que a entidade ambientalista Greenpeace seria responsável pelo desastre ambiental causado pelo derramamento de petróleo na costa brasileira.

Em entrevista ao programa Páginas Amarelas, de VEJA, veiculada em 15 de outubro, o presidente do Novo, João Amoêdo, disse que não falava com o ministro desde outubro de 2018 – segundo ele, a legenda não foi consultada sobre a ida dele para o governo e não tem nenhuma ingerência na pasta. De acordo com ele, as polêmicas colecionadas por Salles e o desgate que podem trazer ao Novo fizeram o partido criar um mecanismo para prevenir casos futuros: exigir de seus filiados a submissão ao partido de convites para integrar governos.

Ricardo Salles foi filiado ao PFL de 2006 a 2007 e depois ao sucessor da legenda, o DEM, de 2007 a 2018. Como filiado ao Democratas, integrou o governo de Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, de quem foi secretário particular e depois secretário de Meio Ambiente. À frente desta pasta, foi acusado pelo Ministério Público Estadual de fraudar plano de manejo ambiental da várzea do rio Tietê para atender a interesses privados e chegou a ser condenado por improbidade administrativa em razão disso – ele ainda recorre.