Monotrilho no Brasil: Entre Avanços Tecnológicos e Desafios Operacionais em 2025
Introdução: A Importância do Monotrilho para o Transporte Urbano
O monotrilho representa uma solução moderna de transporte de massa nas grandes cidades brasileiras, oferecendo alternativas sustentáveis e eficientes para a mobilidade urbana. Trata-se de um modelo de transporte moderno, rápido e com baixo impacto ao meio ambiente. Em 2025, o Brasil vivencia um momento decisivo para essa tecnologia, com avanços significativos em novos projetos e simultaneamente enfrentando desafios operacionais em linhas já existentes.
Novos Desenvolvimentos em 2025
A cidade de São Paulo deu um importante passo em direção à modernização de seu sistema de transporte com a primeira viagem teste do monotrilho da Linha 17-Ouro, que conectará o Aeroporto de Congonhas à Zona Sul. Movido por baterias próprias, o trem completou um trajeto de 1.200 metros, desde a oficina de trens até a estação Washington Luís. A nova linha, com composições de 60,8 metros de comprimento e capacidade para 616 passageiros, foi projetada para operar totalmente de forma automatizada.
Outra novidade importante é o monotrilho que ligará a Linha 13-Jade da CPTM aos terminais do Aeroporto Internacional de Guarulhos, que inicia sua pré-operação em janeiro. Com 2,7 quilômetros de extensão e quatro estações, o monotrilho tem capacidade para transportar até 2 mil passageiros por hora, reduzindo o tempo total entre espera e deslocamento para apenas seis minutos.
Desafios e Problemas Operacionais
Apesar dos avanços, a tecnologia de monotrilho no Brasil enfrenta dificuldades significativas. A operação no monotrilho da Linha 15-Prata está prejudicada em dezembro de 2025 devido a problemas de energia elétrica. As empresas responsáveis pela Linha 15 assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público de São Paulo no valor de R$ 41,2 milhões, resultado de falhas operacionais anteriores.
Em maio de 2025, o governo do estado de São Paulo oficializou a extinção do monotrilho da Linha 18-Bronze, que ligaria São Paulo a São Bernardo do Campo. A multa contratual atingiu R$ 346 milhões em valores corrigidos.
Conclusão: Perspectivas para o Futuro
O monotrilho no Brasil atravessa um período de transição, equilibrando investimentos em novas tecnologias com a necessidade de resolver problemas estruturais nas linhas existentes. Para os milhões de usuários que dependem desse modal de transporte, a expectativa é que os novos projetos aprendam com as dificuldades do passado. A capacidade de entregar sistemas confiáveis, seguros e eficientes será determinante para consolidar o monotrilho como solução viável de mobilidade urbana nas metrópoles brasileiras, especialmente considerando os investimentos públicos envolvidos e o impacto direto na qualidade de vida da população.
