quinta-feira, dezembro 11

Greve de Ônibus em São Paulo: Paralisação Afeta Milhões de Passageiros por Atraso no 13º Salário

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Paralisação Surpreende Cidade em Meio à Chuva

Na tarde desta terça-feira (9 de dezembro), motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo decidiram paralisar os serviços após impasse no pagamento do 13º salário. A mobilização começou nos terminais por iniciativa dos próprios motoristas por volta das 16 horas, pegando a população de surpresa em um dia chuvoso.

A decisão afeta 15 linhas e impacta mais de 3,3 milhões de passageiros. Há informações de ônibus paralisados em diversos terminais da cidade, como o Dom Pedro II, Santo Amaro e Campo Limpo. A greve gerou transtornos significativos para a mobilidade urbana paulistana, que já enfrentava dificuldades devido às fortes chuvas.

O Motivo da Greve: Atraso no 13º Salário

Os trabalhadores afirmam que não receberam a primeira parcela do 13º salário, que deveria ter sido paga no fim de novembro. Havia um acordo com as empresas para que o pagamento atrasado fosse realizado em conjunto com a segunda parcela no dia 12 de dezembro.

Porém, o sindicato foi informado pelas empresas de ônibus no início da tarde desta terça-feira que precisaria de um novo prazo de pagamento, sem determinar uma data concreta. Esta comunicação de última hora gerou revolta entre os trabalhadores, que dependem do benefício para as despesas de fim de ano.

Posicionamento das Partes Envolvidas

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) afirmou que as empresas não estão poupando esforços para honrar com suas obrigações trabalhistas. O motivo alegado é o atraso no processo de revisão quadrienal dos contratos, que está no Tribunal de Contas do Município (TCM).

A prefeitura da cidade informa que os repasses às empresas de ônibus estão em dia e o pagamento do 13º salário dos trabalhadores é de responsabilidade exclusiva das concessionárias. A pedido do prefeito Ricardo Nunes, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e a SPTrans registraram um Boletim de Ocorrência contra as empresas que aderiram a uma paralisação sem aviso prévio.

Impactos na Mobilidade Urbana

Com bastante chuva ao longo de todo o dia e a greve de motoristas, a capital paulista bateu nesta terça-feira o recorde de trânsito do ano, registrando por volta das 18h50 um total de 1.353 quilômetros de congestionamento. A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos para amenizar a situação.

Passageiros enfrentaram longas esperas em pontos de ônibus e estações de metrô e trem, com aglomerações significativas. O SindMotoristas afirmou que a manifestação pode continuar nesta quarta-feira (10/12), caso as viações não garantam o pagamento do 13º salário, e que os motoristas só voltarão ao trabalho quando houver um posicionamento claro sobre o cumprimento das obrigações trabalhistas.

Conclusão: Impasse que Afeta Milhões

A greve de ônibus em São Paulo expõe um conflito entre empresas de transporte, trabalhadores e poder público. Para os milhões de paulistanos que dependem do transporte coletivo diariamente, a paralisação representa um transtorno adicional em meio aos desafios da mobilidade urbana. O desfecho da situação depende de um acordo entre as partes para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas e o retorno da normalidade ao sistema de transporte da maior cidade do Brasil.

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