Gaza em 2025: Crise humanitária se agrava com fome generalizada e conflito prolongado

Situação Crítica em Gaza
Uma grave crise humanitária se instalou em Gaza, levando o Comitê Internacional de Resgate (IRC) a fazer um apelo urgente a todas as partes para que respeitem o direito humanitário internacional, protejam civis e infraestruturas críticas, e aumentem imediatamente a entrega de ajuda humanitária.
Especialistas em segurança alimentar apoiados pela ONU alertam que o pior cenário de fome está se concretizando em Gaza, com um em cada três habitantes passando dias sem comida. Os hospitais estão sobrecarregados e já trataram mais de 20.000 crianças com desnutrição aguda desde abril. Pelo menos 16 crianças menores de cinco anos morreram de causas relacionadas à fome desde meados de julho.
Dimensões da Crise
De acordo com a ONU, pelo menos 1,9 milhão de pessoas – aproximadamente 90% da população – foram deslocadas em toda a Faixa de Gaza durante a guerra. Muitas foram deslocadas repetidamente, algumas até 10 vezes ou mais.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, citado pela OCHA, até 20 de agosto de 2025, pelo menos 62.122 palestinos foram mortos e 156.758 ficaram feridos. Das 60.199 fatalidades identificadas até 31 de julho, 27.605 eram homens, 9.735 mulheres, 18.430 crianças e 4.429 idosos.
Resposta Humanitária e Perspectivas
Apesar dos obstáculos, organizações humanitárias continuam alcançando palestinos necessitados com serviços vitais. Em colaboração com parceiros locais em Gaza, já apoiaram a saúde, educação, segurança e bem-estar econômico de mais de 430.000 pessoas desde o início da última escalada do conflito. Há planos para melhorar a vida de mais 150.000 palestinos até o final de 2025.
Em maio de 2025, o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, propôs um cessar-fogo que incluía uma trégua de 60 dias, libertação de 28 reféns, liberação de mais de 1000 prisioneiros palestinos e fornecimento de ajuda humanitária. Israel aceitou a proposta, enquanto o Hamas solicitou alterações ao plano e reiterou pedidos de retirada completa das FDI de Gaza.









