sexta-feira, dezembro 5

Eduardo Tagliaferro: Ex-assessor do TSE apresenta denúncias contra Alexandre de Moraes no Senado

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Contexto e Relevância

Eduardo Tagliaferro, que trabalhou na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre agosto de 2022 e julho de 2023, durante a presidência de Alexandre de Moraes, tem feito acusações graves contra o ministro do STF.

Desenvolvimento das Acusações

Em depoimento realizado na terça-feira (2) à Comissão de Segurança Pública (CSP), presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), foram apresentadas informações que, segundo a comissão, revelam supostas irregularidades processuais praticadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

O ex-assessor afirma ter enviado aos Estados Unidos material que supostamente comprova que o gabinete de Moraes no TSE teria fraudado relatórios para justificar uma operação contra empresários apoiadores de Jair Bolsonaro em 2022.

Situação Atual

Atualmente, Tagliaferro vive na Itália, para onde foi após ser exonerado do TSE em maio de 2023, quando foi acusado por violência doméstica contra a esposa. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-assessor por violação de sigilo funcional e obstrução da justiça, e o Ministério das Relações Exteriores já solicitou sua extradição ao governo italiano.

Implicações e Desdobramentos

A Comissão de Segurança Pública decidiu enviar um relatório com as denúncias e documentos apresentados por Tagliaferro ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, para avaliação de possível suspensão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O material também será encaminhado ao TSE, aos Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público, à OAB e ao governo dos Estados Unidos, além das defesas dos réus do 8 de janeiro.

Tagliaferro foi denunciado pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, coação no curso do processo e obstrução de investigação envolvendo organização criminosa, podendo enfrentar penas que somadas chegam a 22 anos de prisão.

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