Coreia do Sul Enfrenta Turbulência Política e Busca Protagonismo no Mercado Global de Defesa

Momento Decisivo na Política Sul-Coreana
A Coreia do Sul enfrenta uma crise política sem precedentes após o presidente Yoon Suk Yeol ter tentado impor a lei marcial e enviado o Exército ao Parlamento. Esta foi a primeira tentativa de imposição da lei marcial em mais de quatro décadas no país de 52 milhões de habitantes, levando a oposição a pedir sua destituição.
Uma moção de censura foi apresentada por seis partidos da oposição para destituir o presidente, com votação prevista. A oposição possui ampla maioria no Parlamento de 300 cadeiras, necessitando apenas de alguns votos do partido governista para atingir a maioria de dois terços necessária.
Expansão no Mercado de Defesa
Em meio à turbulência política, o país busca expandir sua influência global. Durante a Feira Internacional da Indústria de Defesa (MSPO 2025) na Polônia, a empresa sul-coreana Hanwha Ocean firmou importantes acordos, apresentando o novo submarino diesel-elétrico KSS-III, que poderá servir como base para projetos internacionais.
Relações Intercoreanas e Contexto Regional
O novo presidente de centro-esquerda, Lee Jae-myung, sinalizou interesse em aproximar-se da Coreia do Norte, marcando uma mudança significativa em relação à linha dura do antecessor. No entanto, Pyongyang mantém suspensa praticamente toda a diplomacia e comunicação direta com o Sul desde o colapso das negociações nucleares com os Estados Unidos em 2019.
A Coreia do Sul mantém sua posição como importante aliado do Ocidente e baluarte democrático em uma região dominada por regimes autoritários.
Economia e Tecnologia
O país continua demonstrando forte desenvolvimento econômico, com uma economia de mercado bem estabelecida e recursos humanos altamente qualificados. Caracteriza-se por uma forte base industrial orientada para as exportações, embora o setor de serviços seja menor comparado a outros países desenvolvidos e o setor agrícola tenha peso reduzido, representando apenas 2,3% do PIB, enquanto a indústria corresponde a 38% e os serviços a 59,7%.









