Bósnia e Herzegovina em 2025: Entre o Progresso Econômico e os Desafios Políticos

Panorama Econômico e Perspectivas
A economia da Bósnia e Herzegovina demonstra sinais positivos, com projeções de crescimento de 2,7% em 2025, e perspectivas de aumento para 3,1% em 2026, impulsionado principalmente pelo fortalecimento da renda real e do consumo privado.
O país registrou avanços significativos no início de 2025, com um aumento expressivo nos salários nominais e elevação do salário mínimo bruto na Federação da Bósnia e Herzegovina. A inflação mantém-se sob controle, contribuindo para melhorar o poder de compra das famílias. O setor de turismo também apresenta resultados positivos, após um ano recorde em 2024.
Desafios Estruturais e Sociais
Entre os principais desafios enfrentados pelo país está o elevado índice de desemprego, que atingiu 27,3% em janeiro de 2025. A situação é agravada pela dependência de setores saturados como metalurgia e agricultura, além da emigração em massa de trabalhadores qualificados, que intensifica a escassez de mão de obra especializada.
Cenário Político e Relações Internacionais
Um marco importante foi alcançado em março de 2025, com o início oficial das negociações para adesão à União Europeia, resultado dos esforços do país no combate à lavagem de dinheiro e gestão migratória. No entanto, a paralisia política deve persistir até as próximas eleições gerais, programadas para outubro de 2026. O país encontra-se no centro de importantes questões geopolíticas, com a UE condicionando ajuda financeira a reformas estruturais.
Perspectivas e Riscos
Os principais riscos para o futuro incluem a possibilidade de escalada da incerteza econômica global e tensões políticas internas, que podem resultar em menor investimento e atrasar reformas estruturais essenciais. Os conflitos em curso na Ucrânia e no Oriente Médio também podem afetar a economia da UE, impactando a demanda por exportações da Bósnia, investimentos estrangeiros diretos e remessas. A inflação, demanda agregada reduzida e fluxos limitados de remessas representam desafios adicionais para a redução da pobreza.









