Bolsonaro em Prisão Domiciliar: Ex-presidente Enfrenta Múltiplas Acusações em Julgamento Histórico
Situação Atual do Ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro encontra-se atualmente em uma situação sem precedentes, enfrentando um julgamento histórico no Brasil, acusado de tentar derrubar a democracia após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva.
Acusações e Investigações
A Procuradoria-Geral da República vem construindo um caso contra Bolsonaro há mais de 18 meses, baseando-se em evidências de mais de meia dúzia de investigações. Os promotores alegam que Bolsonaro não apenas incitou apoiadores a promover tumultos na capital, mas também liderou um grupo de pelo menos quatro oficiais para permanecer no poder.
Entre as acusações mais graves está um suposto plano para assassinar rivais políticos, incluindo o atual Presidente Lula da Silva e o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. De acordo com os promotores, algumas das evidências mais prejudiciais vêm do ex-ajudante de confiança de Bolsonaro, Mauro Cid, que fez um acordo de delação premiada. Cid revelou que Bolsonaro pessoalmente editou uma minuta de decreto – conhecido como ‘minuta do golpe’ – que detalhava planos para anular os resultados das eleições de 2022.
Medidas Judiciais e Restrições
O Supremo Tribunal Federal confirmou que existe uma possibilidade “concreta” de que Bolsonaro tentaria fugir do país durante seu julgamento em curso. Como resultado, o ex-presidente foi ordenado a usar tornozeleira eletrônica, cessar o uso de redes sociais e cortar todos os contatos com funcionários estrangeiros.
Repercussões Internacionais
O caso ganhou ainda mais atenção internacional após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar o Brasil com tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, diretamente relacionando a medida à situação judicial de seu aliado.
Apesar das acusações, Bolsonaro mantém forte lealdade entre sua base política, como demonstrado em fevereiro, quando cerca de 185.000 pessoas lotaram a principal avenida de São Paulo para protestar contra o que o ex-presidente chama de perseguição política.
