sexta-feira, dezembro 5

Angela Ro Ro: MPB perde uma de suas vozes mais autênticas e revolucionárias aos 75 anos

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Uma perda irreparável para a música brasileira

A cantora carioca Angela Ro Ro, um dos grandes nomes da música popular brasileira, faleceu nesta segunda-feira (8/9), aos 75 anos, no Hospital Silvestre, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

A artista estava internada desde junho devido a uma infecção pulmonar grave. O quadro se agravou, levando a uma parada cardíaca, à qual ela não resistiu. Durante sua internação, Angela passou 21 dias em unidade de terapia intensiva (UTI) após complicações que exigiram intubação e traqueostomia.

Uma trajetória única na música brasileira

Nascida Angela Maria Diniz Gonsalves, em 5 de dezembro de 1949, no Rio de Janeiro, a cantora ganhou o apelido “Ro Ro” ainda criança, por causa da voz rouca que mais tarde se tornaria sua marca registrada.

Sua ascensão no cenário musical começou em 1976, quando participou do festival de rock “Som, Sol e Surf”, organizado pelo jornalista e produtor musical Nelson Motta em Saquarema. Seu disco de estreia, lançado três anos depois, incluía sucessos como “Amor, Meu Grande Amor” e “Gota de Sangue”, esta última também eternizada na voz de Maria Bethânia.

Legado e contribuições para a cultura brasileira

Dona de uma voz inconfundível e de um estilo que misturava blues, samba-canção, bolero e rock, ela foi um dos nomes mais autênticos da música popular brasileira. Ro Ro também se destacou por sua postura irreverente e por ter sido uma das primeiras artistas brasileiras a se assumir lésbica publicamente, ainda nos anos 1980.

Antes de seu falecimento, Angela colaborou com a produção do primeiro documentário sobre sua vida, dirigido por Liliane Mutti, cineasta de Miúcha – A voz da bossa nova (2022). O documentário Angela Ro Ro encontra-se em fase final de produção, perpetuando assim seu legado para as futuras gerações.

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