Feirantes do Complexo Ver-o-Peso reclamam das condições precárias do prédio do Solar da Beira, em Belém. A estrutura está vazia, com cobertura danificada, armazena lixeiras e está com as janelas fechadas por tapumes e caixotes. Segundo feirantes, o espaço poderia ter utilidades como oferecer serviços de cultura e lazer para a população.
“Esse prédio aqui já foi palco de muitas atividades, já foi ponto turístico, já teve atividades dos próprios feirantes, como shows. Infelizmente, está abandonado”, afirmou o diretor do Instituto Ver-o-Peso e feirante, Nazareno Cardoso. O único espaço aberto ao público no local são os banheiros que são pagos e podem ser utilizados pelas 50 mil pessoas que circulam pela feira diariamente.
O prédio tombado está interditado, mas já foi local para diversas atividades. Ao longo dos anos, o local já abrigou o Museu do Índio e um espaço cultural. Devido o abandono, o prédio chegou a ser ocupado por artistas em 2015, em uma iniciativa de trazer utilidade para o espaço.
Projeto de reforma
A prefeitura disse que existe um projeto de reforma que deve começar nos próximos três a quatro meses. A promessa deveria ser cumprida em 2015. De acordo com o diretor de Planejamento da Secretaria Municipal de Urbanismo, Edinaldo Mácola, a primeira etapa do projeto deve concluir 70% das obras e movimenta R$2 milhões e 30 mil de investimento.
As obras, segundo a prefeitura, devem incluir os serviços de infraestrutura que incluem a recuperação da cobertura, instalações elétricas e hidráulicas, além do elevador para acessibilidade. No entanto, não há previsão para começar a segunda etapa, cujos recursos ainda estão sendo captados.
“Estamos elaborando o edital de licitação que deve ser lançado em 30 dias. Em 3 meses a gente está iniciando a obra. Se tiver recurso, talvez em 4 meses”, disse o diretor. Segundo ele, o prédio deve reunir exposições constantes de arte e cultura da Amazônia, além de abrigar a administração da BelémTur e da Guarda Municipal.
Fonte G1