sexta-feira, dezembro 5

Vale Tudo 2025: remake moderniza clássico da teledramaturgia brasileira com nova visão social

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Um clássico renovado para os novos tempos

Vale Tudo estreou na TV Globo em 31 de março de 2025, substituindo Mania de Você como a 24ª “novela das nove” da emissora. A produção é uma nova versão da telenovela homônima, originalmente criada por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, exibida entre 1988 e 1989.

A trama central acompanha Raquel Accioli (Taís Araújo), uma mulher batalhadora e honesta que vive com sua filha Maria de Fátima (Bella Campos) e seu pai Salvador (Antonio Pitanga) em Foz do Iguaçu. A história se desenvolve quando, após a morte de Salvador, Maria de Fátima vende a casa da família sem o consentimento da mãe e parte para o Rio de Janeiro em busca de riqueza e status.

Modernização e representatividade

O remake traz importantes atualizações para refletir os tempos atuais, incluindo uma abordagem mais profunda sobre temas como alcoolismo, machismo e racismo. Uma das mudanças mais significativas é que as personagens centrais, Raquel e Maria de Fátima, são interpretadas por atrizes negras, o que adiciona novas camadas de tensão racial à narrativa.

A vilã Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch, mantém-se como a grande antagonista, representando a elite arrogante e preconceituosa. A nova versão também aborda questões contemporâneas como relações homoafetivas, através da história de Cecília (Maeve Jinkings) e Laís (Lorena Lima), que enfrentam uma disputa judicial pela filha contra Marco Aurélio (Alexandre Nero).

Produção e direção

A adaptação foi desenvolvida por Manuela Dias, contando com a colaboração de Sérgio Marques, Márcio Haiduck, Aline Maia, Pedro Barros, Cláudia Gomes e Luciana Pessanha. A direção está a cargo de Isabella Teixeira, Augusto Lana, Fábio Rodrigo, Matheus Senra e Thomaz Cividanes, sob direção geral de Cristiano Marques e direção artística de Paulo Silvestrini.

Repercussão e audiência

A novela mantém sua essência provocativa, questionando o público com dilemas éticos profundos como “Vale a pena ser honesto num país onde os desonestos se dão bem?” O diretor Paulo Silvestrini enfatizou a importância de modernizar o enredo para dialogar com a sociedade contemporânea, adaptando o ritmo da história e a duração dos episódios para agradar ao público atual.

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