Mulher que foi Arrastada na Marginal Tietê Falece Após Quase Um Mês Internada

Tragédia na Véspera de Natal Choca São Paulo
Tainara Souza Santos, de 31 anos, morreu na noite de quarta-feira (24), véspera de Natal, no Hospital das Clínicas, em São Paulo. A mulher foi atropelada e arrastada por um quilômetro na Marginal Tietê, na zona norte de São Paulo, em um caso que expôs a gravidade da violência contra a mulher no Brasil.
De acordo com advogados da vítima, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Mãe de dois filhos pequenos – um menino de 12 anos e uma garota de 7 -, Tainara trabalhava como vendedora autônoma em uma plataforma de comércio online.
O Crime que Chocou o País
O crime aconteceu por volta das 6 horas do dia 29 de novembro. Câmeras de segurança mostram Tainara e Douglas discutindo na rua. Momentos depois, o suspeito entra em um carro preto, acelera e atropela a mulher, que fica presa sob o veículo. Em seguida, já na Marginal Tietê, ele segue dirigindo enquanto a vítima é arrastada pela via.
A mulher teve as duas pernas amputadas após ser arrastada por mais de 1 km. Após o atropelamento, Tainara passou por cinco cirurgias para ajudar na reconstrução das lesões. Devido à complexidade dos ferimentos, ela ficou intubada desde o dia do acidente.
O Acusado e as Consequências Jurídicas
O suspeito, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso em um hotel na zona leste da capital paulista em 30 de novembro. Douglas virou réu por tentativa de homicídio e feminicídio. Após o óbito da vítima, o crime foi registrado como feminicídio consumado.
A mãe de Tainara publicou nas redes sociais: “É com muita dor que venho avisar que nossa guerreirinha Tay nos deixou. Mas acabou o sofrimento e agora é pedir por justiça”.
Um Alerta Sobre a Violência de Gênero
Até outubro de 2025, o número de feminicídios registrados na cidade de São Paulo chegou a 53 casos, o maior da série histórica. Em 2024, foram 51 casos de feminicídio de janeiro a dezembro. Este caso trágico reforça a necessidade urgente de políticas públicas mais efetivas de proteção às mulheres e combate à violência de gênero.
A morte de Tainara deixa dois filhos órfãos e serve como um lembrete doloroso da importância de denunciar situações de violência e buscar ajuda através dos canais apropriados, como a Central de Atendimento à Mulher (180).









