Greve dos Correios: Paralisação Pressiona por Reajustes e Afeta Entregas no Final de Ano

Introdução: Por Que a Greve dos Correios É Relevante?
A greve dos Correios começou às 22h da terça-feira (16) de dezembro, em um dos períodos mais críticos para a logística brasileira. Com o aumento das compras de fim de ano e do comércio eletrônico, a paralisação afeta diretamente milhões de consumidores e lojistas que dependem dos serviços postais para envio e recebimento de encomendas. A greve está concentrada em nove estados: Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde os trabalhadores reivindicam melhorias salariais e condições de trabalho.
Principais Reivindicações dos Trabalhadores
Os funcionários dos Correios estão mobilizados em busca de conquistas essenciais. Trabalhadores dos Correios reclamam da falta de reajuste salarial e de pessoal na estatal. Entre as principais demandas está o reajuste salarial com reposição da inflação, adicional de 70% de férias e de 250% para trabalho aos fins de semana e feriado, além da manutenção de direitos anteriormente adquiridos. A categoria alega que as negociações se arrastam desde julho sem avanços significativos por parte da empresa.
Decisão do TST e Impactos na Operação
A ministra Kátia Magalhães Arruda, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), decidiu parcialmente a favor dos Correios e determinou que os sindicatos em greve mantenham 80% dos trabalhadores em atividade em cada unidade. Caso a determinação não seja cumprida, cada sindicato poderá ser multado em R$ 100 mil por dia. A decisão reconhece que o direito de greve é garantido pela Constituição, mas não é absoluto, principalmente quando envolve um serviço público essencial.
Apesar da paralisação, há paralisação parcial aprovada em alguns estados a partir de 16 de dezembro de 2025, mas isso não significa interrupção total dos serviços. Os Correios afirmaram que 90% do efetivo da estatal estava trabalhando, e a empresa adotou medidas de contingência para minimizar os impactos à população.
Conclusão: Cenário Atual e Perspectivas
A situação permanece tensa. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT) afirmou que 17 sindicatos filiados rejeitaram a proposta dos Correios, ampliando o risco de uma greve nacional. Para consumidores e empresas, a recomendação é acompanhar o status das encomendas e considerar alternativas logísticas. A greve dos Correios evidencia não apenas a luta dos trabalhadores por direitos, mas também a vulnerabilidade do sistema logístico brasileiro em momentos críticos, reforçando a necessidade de diálogo e soluções que beneficiem todas as partes envolvidas.









