Augusto Arruda Botelho: Trajetória e Polêmica no Caso Banco Master

Quem é Augusto de Arruda Botelho
Augusto de Arruda Botelho Neto (São Paulo, 16 de agosto de 1977) é um advogado criminalista e escritor brasileiro. É conselheiro da organização Human Rights Watch e um dos fundadores do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD). Sua carreira jurídica é marcada por atuação em casos de grande repercussão nacional, tendo se tornado uma das principais referências em direito criminal no Brasil.
Foi anunciado como Secretário Nacional de Justiça no governo de Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2022 e empossado pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em janeiro de 2023. permaneceu no cargo até 31 de janeiro de 2024, anunciando no mês seguinte que abriria um escritório de advocacia em Brasília, para além do que já mantém em São Paulo. Durante sua gestão, Botelho trabalhou em temas relacionados à justiça e direitos humanos.
Formação Acadêmica e Trajetória Profissional
Botelho graduou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Paulista (UNIP) em 2002. É mestre em Direito Penal Econômico pela Faculdade de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV). É também especialista em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra e especialista em Direito Penal pela Universidade de Salamanca. Após graduar-se, ele foi estagiário e advogado júnior no escritório de Márcio Thomaz Bastos que, posteriormente, ocupou o cargo de Ministro da Justiça do Brasil.
Botelho atuou em casos notórios, entre seus clientes figuram a multinacional TÜV Süd, investigada no rompimento de barragem em Brumadinho, os integrantes do movimento social por moradia da cidade de São Paulo Preta Ferreira e Sidney Ferreira da Silva, investigados no incêndio e desmoronamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, o conglomerado empresarial brasileiro Odebrecht (atual Novonor) investigado na Operação Lava Jato, entre outros.
Controvérsia no Caso Banco Master
Recentemente, Augusto de Arruda Botelho tornou-se centro de atenção da mídia nacional devido a uma polêmica envolvendo o caso do Banco Master. Além de Toffoli, estava no avião o advogado Augusto Arruda Botelho, que defende o do diretor de compliance do Master, Luiz Antonio Bull, também investigado pela PF (Polícia Federal).
A viagem ocorreu na sexta-feira (28) pela manhã, com retorno no domingo (30). A decisão da Libertadores, que resultou na vitória do Flamengo sobre o Palmeiras, aconteceu no sábado (29). O caso do Master no STF foi distribuído a Dias Toffoli na tarde de sexta (28), após o embarque do ministro para Lima.
De acordo com essas fontes, o ministro não deu qualquer sinalização de que, devido à viagem com Botelho, vá se considerar suspeito ou impedido de continuar à frente do caso Master no STF. Procurado por meio da assessoria do Supremo, Toffoli não comentou o episódio. Botelho também não se manifestou.
Relevância e Impacto
A situação levanta questões importantes sobre a conduta de magistrados e advogados em casos de grande repercussão. Na última quarta-feira (3), Toffoli decidiu que as investigações sobre o banco Master devem ser supervisionadas pelo STF, e não pela Justiça de primeiro grau. O episódio reforça o debate sobre transparência e imparcialidade no sistema judiciário brasileiro, temas centrais para a confiança pública nas instituições democráticas.








